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O Seminário Empreender Escolas, realizado no último sábado (02), na sede do Sebrae Alagoas, em Maceió também trouxe palestras e oficinas sobre temas como marketing digital, inclusão, legislação, coordenação pedagógica e metodologias ativas para professores, coordenadores, diretores e empresários de escolas privadas.
Uma das palestras apresentadas foi a ‘Judicialização no mundo pós pandêmico’, por Luiz Torres Neto, advogado e diretor da Ferreira Torres Advogados, escritório especializado em Direito Educacional. Ele apresentou dicas de como agir em situações de risco envolvendo crianças e adolescentes nas escolas e abordou temas como a importância do contrato de matrícula, LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – e uso correto da imagem.
“É preciso esquecer o informalismo na educação. O gestor tem que adotar o formalismo. É preciso ter cuidado com o contrato de matrícula, respeitar sempre a LGPD, principalmente ao utilizar a imagem de um aluno, mesmo com o consentimento dos pais. O ideal é sempre buscar a parceria entre a instituição de ensino e a família, mas nem sempre o real é o ideal”, Luiz Torres.
Marketing digital para matrículas e o mundo conectado
O ‘Empreender Escolas’ também trouxe a temática do marketing digital e suas ferramentas para atrair clientes para a instituição de ensino, na palestra ‘Como organizar o setor comercial para as Matrículas 2023’, ministrada pelo administrador e especialista em Gestão e Organização Escolar, João Neto.
Ele discutiu assuntos como os canais de atração (marketing digital, eventos offline, palestras, criação de comunidade, otimização para buscadores (SEO), marketing pago em buscadores e e-mail marketing), inbound e outbound marketing, funil de vendas além da jornada do cliente, da captação do lead, passando pela qualificação, até a visita presencial, negociação e a matrícula.
“Você sabe qual é a jornada do seu cliente? Como ele chegou até a escola? É importante saber disso. As escolas fazem um planejamento pedagógico, mas poucas fazem um planejamento estratégico empresarial utilizando metodologias como a OKR (Objectives and Key Results). É fundamental mapear a jornada do cliente. Buscando no Google é possível achar muitos materiais gratuitos com instruções para isso”, ressalta.
Já o instrutor Ricardo Ferreira, mestre em Educação (PPGE/Ufal), licenciado em Educação Física (Ufal), docente no ensino superior nos cursos de Pedagogia e Educação Física, e pesquisador no grupo de Estudos Comunidades Virtuais (Ufal), ministrou a palestra ‘Metodologias Ativas: Práticas educacionais para um mundo Conectado’.
Ele também foi reconhecido na etapa estadual do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora 2021 em Alagoas na Categoria Ensino Superior, contemplado com a prata através do projeto ‘Formação Continuada em Metodologias Ativas para Professores da Educação Básica e do Ensino Superior’, da Estácio Faculdade de Alagoas.
Em sua palestra, foram tratados assuntos como a velocidade das transformações no mundo a partir do desenvolvimento de novas tecnologias e da cultura digital, além das novas possibilidades encontradas pela sociedade a partir do avanço dos smartphones.
“As novas tecnologias, as metodologias ativas nos trazem a necessidade de reflexão. Quando a gente consegue romper com o paradigma da educação baseada apenas na transmissão e recepção, nós conseguimos pessoas capazes de lidar com as mudanças. Não é apenas ensinar o conteúdo para o aluno, mas sim habilidades e competências para utilizar em qualquer ambiente”, destaca Ricardo Ferreira.
Inclusão
O seminário também trouxe outro tema fundamental para as escolas através da palestra ‘Inclusão: a personalização da aprendizagem nesse novo cenário’, com a instrutora Patrícia Araújo Nunes dos Santos. Ela é mestre em Ciências da Educação e Inovação Pedagógica; Psicopedagoga; Neuro psicopedagoga; Especialista em Educação Especial e Inclusiva; Pedagoga; Neurocoaching Educacional.
Segundo ela, a temática traz várias conjecturas que fazem com que o profissional da educação reflita para receber na escola alunos que precisam ser incluídos de alguma forma na sala de aula.
“Todos nós precisamos receber o aluno de inclusão e pensar que não é apenas a estrutura da escola que precisa mudar, mas também os olhares, as pessoas. Já vi escolas com acessibilidade, tudo conforme a lei, mas quando paramos para ver a realidade, o aluno é inserido em uma inclusão utópica, passa a ser mais um número, só reconhecido pelo ‘CID’ (Classificação Estatística Internacional de Doenças). Todos nós temos um nome e eles também têm”, lembra.
Oficina
A programação do seminário também contou com a oficina ‘A Coordenação Pedagógica na escola contemporânea’, com as instrutoras Andréa Alves, especialista em Inspeção Educacional, coach e analista de Perfil Comportamental, gestora da Anctec- Consultoria -Treinamento e Cursos; e Eliana Bravim Teixeira Neves Pedagoga, mestre em Educação, especialista em Direito Educacional e Gestão Escolar. Ela é Assessora Técnica do CEE/ES e vice-diretora da Associação Brasileira de Direito Educacional – Abrade.
Ambas falaram sobre a criação de um conselho de líderes para discutir temas importantes com os alunos e apresentaram a importância da utilização de dinâmicas em sala de aula como o ‘diário de aprendizagem’ e as ‘cartas para si mesmo’, realizada na prática durante a oficina, registrando expectativas de aprendizagem para a formação.
“Tudo isso é importante para que o aluno registre o seu dia a dia, escrevendo suas dificuldades, ansiedades. A novidade é que eles projetem, tragam as expectativas para a sala. Quando ele anota por um período determinado o que ele se propõe a fazer, ele acaba gerando uma responsabilidade sobre aquilo”, concluiu Eliana Bravim.
O Empreender Escolas foi promovido pelo Sebrae Alagoas em parceria com o Programa Empreender, Federalagoas, Associação Comercial de Maceió, Anctec, Isaac, Edify, Activesoft e Academia Soul.
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