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Em parceria com o Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL), o Sebrae Alagoas vai realizar mais de 100 capacitações na segunda etapa do Projeto Empreende Maceió. As atividades ocorrem até dezembro e fazem parte de um convênio que tem como objetivo impulsionar a recuperação de negócios e empregos afetados pela calamidade pública provocada pelos fenômenos geológicos decorrentes da extração de sal-gema.
As capacitações serão promovidas em conjunto com as Salas do Empreendedor e secretarias municipais, abrangendo tanto os empreendedores de Maceió quanto da Região Metropolitana. Ao todo, 13 municípios serão atendidos: Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba.
Nesta nova fase, o projeto terá um foco especial em mulheres, integrantes da chamada Economia Prateada (empreendedoras com mais de 50 anos) e alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI). Os interessados podem acompanhar os cursos que terão e se inscrever no site doity.com.br/sebraealagoas.
Entre os temas abordados nos cursos, oficinas e palestras estão: marketing digital para pequenos negócios, formação do preço de venda, como aumentar minhas vendas, como administrar um pequeno negócio, controle de fluxo de caixa, planejamento de negócios, atendimento ao cliente, boas práticas para serviços de alimentação, mulher empreendedora, empreendendo na economia prateada e empreendedorismo para estudantes da EJAI, entre outros.
“Essa ação conjunta permite que a gente dissemine ao máximo os conteúdos propostos no convênio, levando conhecimento e oportunidades para quem precisa. É uma grande chance de os empreendedores terem contato com o Sebrae e desenvolverem seus negócios”, destaca Cíntia Oliver, analista do Sebrae Alagoas.
A primeira etapa do projeto, realizada entre 2021 e 2022, superou as expectativas: inicialmente planejada para atender 1.800 pessoas, beneficiou mais de 8 mil participantes, incluindo microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP), professores, estudantes e pessoas físicas. Na ocasião, foram oferecidos cursos, palestras, oficinas e consultorias especializadas para apoiar a reconstrução dos negócios locais.
A procuradora do MPT/AL, Rosemeire Lôbo, explica que o convênio decorre do Termo de Acordo firmado entre o MPT e a empresa Braskem, tendo o município de Maceió como interveniente. Segundo ela, a iniciativa busca minimizar os impactos econômicos e sociais causados pelo fechamento de estabelecimentos e a consequente perda de empregos.
“Essa ação surgiu para reduzir os impactos do fechamento de escolas, que poderia levar ao aumento do trabalho infantil, além da perda de postos de trabalho. Quando negócios fecham e empregos são extintos, ocorre uma espécie de ‘poluição social’. A responsabilidade da empresa vai além do meio ambiente físico, alcançando também o caos social causado em termos de emprego e renda”, afirma.
