Alagoas é conhecida por suas belezas naturais, culinária típica, artesanato diversificado e inúmeros folguedos. No entanto, há potenciais turísticos que podem e devem ser explorados, do Litoral ao Sertão passando pela Caatinga e o Agreste. Nesta terça-feira (14), o engenheiro e urbanista Cláudio Marinho, consultor do Sebrae Alagoas, foi o facilitador de um workshop voltado para o “Fortalecimento do Turismo no Litoral Sul de Alagoas – Estância Lagoas, Mares e Rios do Sul”.
Com ampla e reconhecida experiência no desenvolvimento de estratégias e projetos, com destaque para a implantação do Porto Digital em Recife, do Distrito de Inovação do Centro Histórico de Manaus e de São Luiz do Maranhão, ele trouxe dicas valiosas sobre como fazer um plano de ação para tornar o destino turístico mais inteligente, sustentável e que colabore com o desenvolvimento da região em que está inserido.
Cláudio Marinho afirma que planejar o desenvolvimento das regiões é imprescindível para o crescimento econômico de Alagoas. “Se as regiões tiverem um potencial turístico a ser explorado, melhor ainda. No mercado da região turística há uma disputa entre os destinos; para atrair turistas para sua região é preciso fazer um placemaking, que significa fazer o lugar. Se o empreendedor ou gestor quiser ter sucesso é necessário antes de tudo planejar e posicionar sua região de forma competitiva. Como fazer isso? Buscando a identidade local, fazendo a inclusão dos residentes e criando lugares adequados para o encontro da população com os visitantes. Portanto, a população tem que primeiro se sentir bem. O placemaking é para que os moradores da região se sintam bem”, assinala.
Após esta etapa, os envolvidos com os destinos turísticos devem buscar o place branding, que significa provar o lugar que, a essa altura, já tem uma identidade própria e envolve o trabalho contínuo dos agentes de turismo, setor de bares e restaurantes, meios de hospedagem e os micro e pequenos empreendimentos.
Turismo Inteligente – Ele destaca que o turismo é, cada vez mais, de experiência e, por isso, o Sebrae fala em destinos inteligentes e experiências inesquecíveis para moradores e visitantes. Claudio Marinho define um destino inteligente como sendo um ambiente com “governança forte e ativa, tecnologia e inovação, sustentabilidade econômica, social e ambiental, além de ser uma experiência única tanto para quem mora quanto para quem visita”.
Em Alagoas, os primeiros elementos centrais de atração e criação dos destinos são as águas. No caso do Litoral Sul, já existe outro elemento que é um diferencial: as lagoas.
“Ficamos surpresos que, ao medir as bordas lagunares, constatamos que a extensão é três vezes maior que a extensão da orla marítima do Litoral Sul. São 360 km de bordas de lagoas e 118 km de faixas de praias. Essas bordas lagunares são pouco exploradas, portanto é um recurso inestimável para o placemaking do Litoral Sul, mas é necessário levar em conta a necessidade de preservação e utilização adequada desses ativos”, defende Marinho.

