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Negócios da Economia Criativa devem estar regulares para fechar contratos no Carnaval

Profissionais do meio artístico precisam estar formalizados para realização de shows e apresentações para prefeituras
Por Kelmenn Freitas - Partners Comunicação
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Os negócios da Economia Criativa são alguns dos mais beneficiados com a chegada do Carnaval, entre eles as bandas, artistas e músicos profissionais, que veem as contratações aumentarem de forma significativa para animar a folia. Além do setor privado, as prefeituras também se destacam como as principais contratantes nessa época do ano, o que torna a regularização desses negócios ainda mais necessária e obrigatória.

Pryscilla Lira, analista de Inteligência de Mercado do Sebrae Alagoas e gestora da Carteira de Serviços da Agência de Arapiraca, explica que as contratações realizadas pelo poder público seguem normas mais rígidas e peculiares, passíveis de fiscalização e auditoria nas prestações de contas. Para que os contratos sejam assinados, os prestadores de serviços precisam estar com a documentação toda regular.

“É muito importante para movimentar o setor da Economia Criativa que os profissionais do meio artístico sejam formalizados para aproveitar as oportunidades que surgem em maior demanda nas épocas festivas como Carnaval, São João, Réveillon. Formalizados como MEI, por exemplo, os artistas podem participar de licitações, editais e serem contratados pelas prefeituras, oportunizando geração de renda e valorização para os artistas locais”, destaca.

“Além disso, participar de grandes eventos é uma importante vitrine para os artistas e um caminho que pode abrir portas para trabalhos futuros”, completa ela. “No interior do estado, o Sebrae trabalha em parceria com a Associação de Música e Entretenimento de Arapiraca (AMEAR), apoiando os músicos nessa jornada. Em 2022, nós trouxemos profissionais do exterior para capacitar os músicos locais sobre internacionalização de negócios da música”, revela Pryscilla Lira.

Orientações

A AMEAR já promoveu workshops, palestras, reuniões, bate-papos sobre diversos temas voltados para o desenvolvimento profissional dos artistas e trabalhadores da cadeia produtiva musical, entre eles a importância da formalização, passando pela produção de conteúdo digital para artistas, venda de shows, a importância dos editais, até os caminhos para a internacionalização de carreira.

“Para isso buscamos parcerias muito especiais com o Sebrae Arapiraca e com o Instituto Arteiros, que são referências nos temas relacionados a empreendedorismo e terceiro setor em Alagoas”, diz Ricardo Evangelista, 1º secretário da associação.

Diante do aumento significativo de editais voltados para a cultura, o que demanda uma organização documental dos artistas, aliado à chegada do Carnaval, onde acontece um aquecimento no mercado musical em todo o Brasil, a AMEAR tem desempenhado um papel crucial na região Agreste.

“O apoio aos artistas de Arapiraca resultou na formalização de um grande número de talentos locais, dando-lhes a oportunidade de conquistar contratos em prefeituras de municípios alagoanos para as festividades carnavalescas deste ano, a exemplo da banda Axé Soul, que apesar de seu surgimento recente, já se apresentou em grandes eventos da Prefeitura de Arapiraca, como o Réveillon e o Folia de Rua”, conta.

Susylane Ferreira, analista do Sebrae Alagoas e gestora responsável pela Economia Criativa em Arapiraca, lembra que a época do Carnaval é considerada como alta temporada para os negócios desse segmento. Além de músicos, as bandas, artesãos e os artistas plásticos trabalham muito na questão de ornamentação, adereços e produção de festas. A alimentação fora do lar também ganha mais espaço nessa época do ano.

“Para atender toda essa demanda, é necessária a formalização para a contratação, tanto do setor público quanto do setor privado. É uma garantia que aquele empreendedor está passando credibilidade e profissionalismo. Devido ao acesso a recursos públicos, a exigência de uma transparência financeira das prefeituras, dos gestores públicos, é necessária a realização de um contrato para garantir o pagamento do cachê. E a gente sabe que as prefeituras trabalham com nota de empenho, ou seja, um pagamento posterior à execução do serviço”, diz.

“Por isso a formalização é essencial. Aqueles que são formalizados têm acesso a um número muito maior de eventos, não só do setor público, mas também no setor privado. A gente vê hoje festas na rua, festas nos shoppings, algumas empresas contratam atrações para atrair mais os clientes, supermercados, enfim, movimenta bastante o setor. E o empreendedor formalizado garante uma credibilidade maior para o contratado, vai favorecer muito a eles e garante, com certeza, mais contratos e a participação em mais eventos. Isso movimenta bastante a economia local”, completa Susylane Ferreira.