A história das empreendedoras Fátima e Gisely Ferreira, donas da Carpe Diem Do, empresa especializada em biojoias artesanais feitos com resina, inspirou os jornalistas João Arthur Sampaio, Ana Carla Vieira e Renee Alves a produzirem uma série de reportagens em áudio contando a trajetória de superação por trás da marca. Tia e sobrinha, Fátima e Gisely tiveram que se reiventar para quebrar barreiras e acreditar no sonho de empreender.
A primeira delas foi enfrentar e vencer os próprios medos, que levaram à ansiedade e à depressão. Tudo começou quando Fátima, que já foi técnica de segurança, consultora e professora de dança, largou tudo para cuidar do pai, diagnosticado com câncer. Preocupado com a doença, ele pediu para ela deixar o trabalho e cuidasse dele. “Eu não pensei duas vezes e respondi que tudo bem. Na empresa ninguém aceitou, mas eu fui firme, já que empresa sempre vai ter, o meu pai não”, afirmou a empresária.
Após a morte do, Fátima Ferreira conta que “desistiu de viver”, foi ficando mais reclusa, sem vontade de sair de casa. Foi quando numa ida ao supermercado, ela viu uma loja que vendia resinas e lembrou dos vídeos que assistia mostrando peças de artesanato com o material e entãom decidiu comprá-la.
Mais motivada, Fátima passou a criar peças para passar o tempo, mas sabia que, apenas com a ajuda da sobrinha Gisely, o hobbie teria chance de virar negócio. Gisely Ferreira teve a carteira de trabalho assinada pela primeira vez aos 14 anos e viu sua rotina pesada e cheia de planos mudar com a chegada da pandemia da Covid-19.
Com as mudanças desse período, a ansiedade passou a ser mais presente na vida de Gisely. Ela afirma que trabalhar com as peças em resina também ajudou a distrair, a driblar a sensação de incômodo. A partir daí, com a primeira venda feita e com nova encomenda, as duas só precisavam de um espaço para que as pessoas conhecessem o produto e ele veio.
A dupla foi convidada a ter um espaço para comercializar as peças no Dia da Família no Centro de Assistência a Neurodivergentes, frequentado por Ana ferreira, irmã de Fátima e tia de Gisely. Os R$ 50 arrecadados após o evento podem parecer pouco, mas eles valiam muito mais, pois mostrava na prática que se reinventar não era impossível.
Reportagem premiada
Com ajuda qualificada, muito estudo e força de vontade, a história de tia e sobrinha deu certo, assim como tantas outras famílias que sonham com um negócio próprio, inspirando outras pessoas a seguirem o mesmo caminho. Foi essa trajetória de perseverança acabou na mídia e as duas foram tema de dois episódios de uma série de reportagens intitulada “Mente Sã, Negócio Salvo: conheça as histórias de mulheres interligadas pela superação através do empreendedorismo”.
Nela, os jornalistas do portal alagoano TNH1, João Arthur Sampaio, Ana Carla Vieira e Renee Alves contaram a história da família e da loja de artesanato em biojoias “Carpe Diem Do”. O empreendimento conta ainda com Wanderline de Souza, a Wan, que deu um novo sentido à vida ao aprender a fazer bolsas durante a recuperação de um procedimento cirúrgico.
A série, que é dividida em cinco episódios no formato podcast, foi campeã da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ). Além disso, eles também estão entre os finalistas da etapa nacional da premiação que reúne os melhores trabalhos de cada região dom país. A cerimônia de premiação acontece no dia 28 de novembro, em Brasília, e vai revelar os grandes vencedores deste ano.
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