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O Sebrae vai levar duas equipes femininas, formadas por estudantes secundaristas de Alagoas, para a edição 2023 do Bossa Summit, o maior evento de startups do Brasil, que será realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo, de 23 a 24 deste mês. Além de participarem da etapa nacional do Desafio Liga Jovem, elas permanecem até o final da semana na capital paulista, onde vão passar por uma imersão em empreendedorismo e no mundo das startups, com um roteiro de visitas técnicas, que incluem a Universidade Sebrae e o Museu Catavento.
Os dois grupos foram selecionados entre as 23 equipes alagoanas que inscreveram projetos, identificando e trazendo uma solução tecnológica (dispositivo, site, aplicativo ou outro meio) para problemas sociais encontrados nas unidades de ensino ou na comunidade onde são inseridos. Ao todo, 91 estudantes foram impactados no Estado.
Silvia Chamusca, gestora do Programa de Educação Empreendedora do Sebrae, explica que o Desafio Liga Jovem foi criado no ano passado e recebe projetos de estudantes do 9º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, de escolas públicas ou privadas. “Tivemos várias etapas, de capacitação, mentorias e eventos on-line, como a Virada Empreendedora, realizada em novembro do ano passado e que teve duração de três dias. As duas equipes de Alagoas selecionadas vão para a semifinal e para a final do Desafio Liga Jovem, que contará com 100 equipes de todo o Brasil. Serão escolhidas seis equipes que vão para uma imersão em um Centro de Inovação em Madri, na Espanha, com tudo custeado pelo Sebrae”, assinala.
Ela lembra que o desafio pretende fortalecer em seus participantes a criatividade, inovação, visão transformadora, estabelecer soluções, o que faz desenvolver competências como protagonismo e liderança. “É uma oportunidade ímpar para imersão, adquirir novos conhecimentos, experiência internacional, cultura, ampliar a visão de mundo”, destaca Sílvia Chamusca.
Equipes
O grupo do Colégio Marista, o Callíope, é composto por Ariana Sposito, Ana Clara Lopes, Luísa Lins, Júlia Silveira e Alice Rocha, sendo coordenado por Amanda Lopes.
Elas identificaram que os alunos do ensino fundamental e pré-escola com Transtorno do Espectro Autista (TEA), do Colégio Marista, apresentavam dificuldade na acessibilidade e socialização, e verificaram que eles tinham interesse por tecnologia. Com isso, elas criaram o protótipo de um aplicativo, o Callíope, que vai ajudar esses alunos a conseguir maior interação com as outras crianças, ampliando o desenvolvimento e a socialização.
Em Arapiraca, a equipe As Paquitas é formada pelas estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) Allana Ataíde, Renata Neres, Maria Catielly dos Santos, Amanda Lima e Júlia Vitória Silva, coordenada pelo professor Tarsis de Souza.
Elas criaram uma solução para o sistema público de saúde, a fim de diminuir a superlotação dos equipamentos da área, zerando filas e melhorando a experiência do usuário no agendamento de consultas. Através de uma câmera e usando inteligência artificial, o sistema pode saber, em tempo real, a lotação de todos os hospitais e encaminhar as pessoas para os locais com mais disponibilidade de vagas, além de agendar consultas pelo aplicativo.
