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Palestra sobre letramento racial mobiliza colaboradores do Sebrae

Objetivo é promover o debate e as ações socioeducativas para o público interno da instituição
Por Malu Hermes - com supervisão
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Os colaboradores do Sebrae Alagoas participaram, nesta sexta-feira (15), de um bate-papo com a temática “Letramento Racial”. Com a presença das empreendedoras Yalla Barros e Salete Bernardo, o evento faz parte do projeto “Todo Mundo Junto”, conjunto de ações do comitê de ESG da instituição, que tem o objetivo de promover debates e ações de políticas socioeducativas para o público interno do Sebrae.

A palestrante Salete Bernardo é comunicóloga, pesquisadora e empreendedora afro cultural. Atualmente, faz parte da presidência do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Alagoas (Conepir), é conselheira titular do conselho municipal de políticas culturais pelo segmento Afro e Diretora da ONG Feminista Ateliê Ambrosina. Ela destaca a relevância desse tipo de iniciativa no mercado.

“É de suma importância essa ação do Sebrae, já que é exemplo e porta de entrada para outras empresas. Fazer mais ações educativas com seus diversos colaboradores e parceiros vai aos poucos modificando a cultura organizacional. Uma empresa que entende as diferenças, respeita e trabalha com a diversidade, desenvolvendo políticas internas para que a minoria, como negros, mulheres cis e trans, PCDs, chegue a cargos de liderança”, afirma.

Para Yalla Barros, empreendedora e cliente do Sebrae, a instituição é conhecida como um ponto de apoio para aqueles que desejam empreender. “Muitos vêm das comunidades periféricas, comunidades, em sua maioria, compostas por pessoas negras. Se o Sebrae tem essa iniciativa de preparar seus colaboradores para compreender e lidar com questões raciais, certamente o atendimento a esse público será diferenciado, promovendo um ambiente acolhedor”, afirma Yalla.

Letramento

O analista Klaus Roger, integrante do comitê de ESG, explica que o comitê surgiu no final de 2022. “Quando fomos estruturar as ações para 2023, percebemos que precisávamos focar mais na parte social, para trabalhar a diversidade e a inclusão. Para isso, já criamos e-books, fizemos vídeos que atingem também o público externo, mas percebemos a necessidade de fazer um trabalho mais direto com o público interno”, afirma.

Ele esclarece que, na edição passada, foi abordada a realidade das pessoas com deficiência (PCDs) e a próxima deve tratar do etarismo. “Estamos planejando também tratar sobre a inclusão do público LGBTQIAP+. Essas ações envolvem palestras, oficinas, conteúdos de endomarketing”, diz o analista.

O comitê também estuda como realizar ações de parceria com a Unidade de Gestão de Pessoas. “Percebemos que precisávamos dar um passo atrás e vir com essa reeducação na forma de letramentos, para que possamos vir com ações mais encorpadas no futuro”, completa.