A pandemia fez com que as micro e pequenas empresas brasileiras tivessem impacto negativo no faturamento. Para garantir a sobrevivência, muitas passaram a analisar diversos aspectos da gestão, avaliando quais custos fixos mais impactam os resultados do negócio. Um dos que mais se destaca é o custo com energia elétrica, fator que evidencia ainda mais a discussão sobre a diversificação de fontes de geração de energia para economizar no custo do produto.
Outro tópico importante nesse debate é a crise hídrica. Em 2021, o Brasil enfrenta a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema. O analista da Unidade de Competitividade e Desenvolvimento (UCD) do Sebrae Alagoas, Harrison Freitas, destaca que a crise tem ocasionado diversos aumentos no valor do quilowatt-hora para as empresas e para os consumidores de uma forma geral trazendo impactos na conta.
“Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda informou um aumento de 50% na cobrança da bandeira vermelha que tem um impacto de R$9,49 a cada 100 quilowatts consumidos. Quando falamos de empresas que têm um consumo de energia mais elevado, esse pequeno aumento tem um resultado significativo no final do mês”, afirma o analista.
A diversificação de fontes de geração de energia também se torna fundamental se o empresário levar em consideração um possível racionamento de energia, que mesmo não indicado pelo Governo Federal, pode ser uma realidade caso o cenário da crise se agrave até o final do ano.
“É inevitável que as empresas busquem alternativas para terem melhores resultados e não comprometam a sobrevivência dos negócios. Quando falamos sobre alternativas relacionadas à energia elétrica, estamos falando sobre energias renováveis. Aí que se destaca justamente a geração distribuída de energia fortalecida no país de uma forma geral”, ressalta.
Geração Distribuída de Energia
A geração distribuída de energia citada por Harrison é o termo dado para a geração de energia no mesmo local de consumo ou próximo a ele, com a utilização de diversos pontos de energias renováveis sejam eles pontos de energia solar fotovoltaicas, energia eólica e hídrica que trazem diversos benefícios para os consumidores.
“Um dessas alternativas que têm se destacado muito é a energia solar fotovoltaica, matriz energética cada vez mais acessível com o surgimento de mais tecnologias e disponibilização de linhas de créditos específicas para o financiamento de projetos e sistemas fotovoltaicos tanto para pessoas físicas como para micro e pequenas empresas”, pontua Harrison.
Segundo ele, a energia solar trata-se de um investimento que traz um retorno imediato para os empresários e consumidores, com resultados significativos já a partir do mês seguinte da instalação do sistema, com redução na fatura de acordo com a dimensão do projeto.
“O Sebrae tem cases de empresas que fizeram a mudança da matriz energética e em alguns meses recuperou o investimento. Uma dessas empresas tinha a fatura na casa dos R$7 mil e hoje paga R$90. Toda a energia é gerada na própria indústria com a instalação de placas fotovoltaicas. Esse investimento representa um enorme ganho de competitividade para as pequenas empresas, já que elas passam a utilizar um recurso que antes eram um custo fixo, no desenvolvimento de novos produtos, no investimento em marketing e divulgação, investimento em outras áreas e otimização de resultados”, frisa Harrison.
O analista reforça que antes de pensar em mudar a matriz energética para a solar fotovoltaica é indispensável que o empresário faça uma análise da atual eficiência energética da empresa, com a avaliação do funcionamento dos equipamentos e processos para que o projeto não seja comprometido, que poderá acarretar num investimento elevado.
Para atender as micro e pequenas empresas do setor industrial, o Sebrae Alagoas tem um convênio com a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) que prevê a disponibilização de uma consultoria com 100% de subsídio na área de gerenciamento dos custos de energia.
Potencial de Alagoas
O estado já possui ênfase nacional no tema. Cerca de 81% de sua matriz energética vem de fontes renováveis com destaque para a energia gerada a partir do bagaço da cana de açúcar e energia hídrica, mas ainda falta ter maior representatividade na eólica e solar fotovoltaica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Alagoas ocupa a 22ª posição no ranking de geração da energia solar fotovoltaica, representando 0,6% de todo o país.
“Pela incidência de luz solar, temos um grande potencial de explorar essa geração que pode trazer resultados significativos para os consumidores de forma geral e para as micro e pequenas empresas que precisam a todo momento revisitar os custos para manter a competitividade. Isso ainda traz um resultado significativo para o meio ambiente”, conclui Harrison.
O Sebrae em parceria com o Sindicato das Indústrias de Energia do Estado de Alagoas (Sindenergia) desenvolve um projeto para a criação de uma governança setorial para fortalecer o setor de energias renováveis, gerando momentos de conexão entre as empresas que instalam esses sistemas com os demais segmentos atendidos pelo Sebrae. O projeto já articula a realização de um seminário com a participação da Absolar para falar sobre os benefícios da energia solar para as empresas.
Para saber mais sobre eficiência energética nas micro e pequenas empresas e a viabilidade desses sistemas, basta procurar o Sebrae Alagoas nas redes sociais ou pelo telefone 0800 570 0800.
Atendimento Sebrae
A equipe do Sebrae está mobilizada para atender as demandas dos empresários, que também podem contar com a estrutura de cursos online e gratuitos do portal EAD Sebrae com mais de 100 opções de cursos, basta acessar https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline.
O empresário pode entrar em contato com a instituição pelos canais remotos e digitais, como o portal sebrae.com.br/alagoas, telegram t.me/sebraealagoas, whatsapp e Telefone 0800 570 0800, chat e e-mail fale.sebrae.com.br, instagram @sebraealagoas, twitter @sebraealagoas, facebook /SebraeAlagoas, youtube @sebraealagoas e o linkedIn Sebrae Alagoas.
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