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Gabô, Diogo Ordinário e Chico Felitti dão aula de humor e negócios com Mídias Digitais

Trio contou sua experiência ao transformar suas redes sociais de um hobby a negócios que empregam outras pessoas e movimentam grandes cifras e público
Por Mariana Lima e João Paulo Macena
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Fechando a manhã do Startup Day no Sebrae em Alagoas, o Auditório do Sebraelab recebeu Chico Felitti, Gabô Pantaleão e Diogo Ordinário para o painel “Mídias digitais além do entretenimento: como transformar conteúdo em negócios”. Como não podia deixar de ser, considerando o perfil dos convidados, interação com o público e muita risada deram a tônica ao momento.

A princípio, um jornalista da Folha de São Paulo e dois estagiários em social media. Chico, Diogo e Gabô explicaram que começaram quase despretensiosamente, levando seu trabalho oficial para outros formatos e redes, até que perceberam que ali tinham liberdade para criar, se relacionar com o público e, posteriormente, ganhar dinheiro com isso.

Se com Diogo Ordinário a coisa foi crescendo aos poucos, ao longo de 10 anos, com Gabô Pantaleão, tudo aconteceu tão rápido e em plena pandemia, que ela precisou recorrer à terapia para ter dimensão da vitrine que tinha diante de si, para o bem ou para o mal.

“Antes, eu estava recebendo lanches, depois que eu fui agenciada, minha primeira publi foi para a Amazon. E por mais que tenha muita gente ali rindo comigo, me incentivando, eu tendo a olhar para os comentários que me criticam, então essa é uma das coisas que eu falo com a minha psicóloga, que foi uma transformação muito rápida”, revelou a influencer.

Para além das críticas, Chico também refletiu sobre o tempo do negócio, pois seus produtos (livros e podcasts) demoram muito tempo para ficarem prontos, já que demandam pesquisa, apuração, edição, montagem, até a parte da venda, que ele precisa fazer pessoalmente às emissoras.

“O que eu faço é pegar meu produto e chegar na Globo, Netflix, Amazon e oferecer. Isso também inclui fazer o meu preço, que hoje eu sei que são os custos mais 30%, mas até eu aprender isso, levou um tempo”, revelou o jornalista, que é bastante sincero sobre o que faz. “Eu conto histórias, isso é uma das coisas mais antigas do mundo, fazemos isso desde as cavernas. O que tem mudado é a forma e o formato que usamos para isso”, ponderou.

O esforço que ninguém vê

O público fez diversas perguntas ao trio de debatedores, mas elas puderam ser resumidas em um grande tema: como não ter vergonha de falar nas redes para divulgar meu negócio. Todos foram enfáticos: façam, comecem, não tenham medo ou vergonha e persistam, porque o resultado não é rápido e também não cai do céu.

“O pessoal acha que eu fico fazendo piada, fazendo graça, mas quando eu me dispus a fazer isso, eu precisava postar o tempo todo, interagir e responder o máximo de pessoas possível todos os dias. E isso independente se eu acordei mal, se eu briguei com a namorada, se eu não estou afim, porque construir esse público leva tempo. O Tik Tok foi a última rede em que entrei, mas foi lá que deu certo mais rápido, uma coisa que nem eu esperava”, revelou Gabô.

Diogo também passa por isso na pele, já que lida apenas com temas locais no Maceió Ordinário, e nem sempre tem novidades acontecendo na capital. “Uma coisa que acontece na minha equipe é que sempre estou tendo que fazer mudanças na parte criativa, um rodízio, porque a galera endoida tentando criar e criar e criar o tempo todo, enquanto não temos nenhuma novidade acontecendo em Maceió”, disse, arrancando risos da plateia.

Foi esse modelo mais espontâneo de interação que o diretor superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira, comemorou neste Startup Day, como uma forma de rejuvenescimento da Instituição, seja na forma de trabalho, seja na aproximação desta nova geração de empreendedores.

“Fico muito feliz com eventos como este, porque é a nossa forma de atrair os jovens que serão os empreendedores do futuro, trazer esses talentos para perto do Sebrae. E, claro, contribuir com os empreendedores de hoje, seja de negócios já estabelecidos ou startups. Me encanta muito ver a expansão dos contatos, das redes de relacionamento, vê-los fazendo perguntas neste ambiente propício que construímos aqui”, declarou Vieira, lembrando ainda que o Sebraelab conta com estruturas Maker para prototipagem de produtos e terá um espaço Audiovisual, para gravação de vídeos, podcasts e outras ideias empreendedoras.