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‘Sebrae Delas’: mulheres compartilham experiências após período de aceleração em Alagoas

Empreendedoras participaram de turmas de capacitação e mentorias para estimular suas empresas.
Por João Paulo Macena - Savannah Comunicação
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Com a missão de desenvolver temas comportamentais e técnicos com mulheres empreendedoras e líderes de pequenos negócios, o Programa Sebrae Delas concluiu duas turmas presenciais na última quarta-feira (29), na sede do Sebrae Alagoas, em Maceió. O encontro foi marcado pela troca de experiências, histórias e apresentação de pitches de alguns dos negócios fomentados pela Be.Labs Aceleradora, empresa que atua na aceleração de negócios femininos em vários estados do País.

Um dos grandes destaques do evento foi o painel ‘Empreendedorismo Feminino’, no qual três participantes do Sebrae Delas puderam compartilhar seus desafios, vivências e principais aprendizados durante a jornada de aceleração. A primeira foi Cris Oliveira, que presta consultorias e mentorias em marketing digital para empreendedoras.

“Tentei ao máximo acompanhar todas as aulas e todo o processo com a maior disciplina possível, mas lá em casa todo mundo ficou doente. Quem é mãe empreendedora sabe que uma das coisas que mais desestabilizam a gente é quando a criança fica doente. Mesmo assim, foi tudo muito proveitoso para mim. Fiquei satisfeita com tudo”, afirma Cris.

Em seguida, Anna Carla Soares, enfermeira que passou a liderar o negócio que era da família, a empresa Bom Paladar Condimentos, compartilhou seu sentimento ao participar do Sebrae Delas e ganhar mais confiança de sua equipe, que é formada por três mulheres e 15 homens. O programa também lhe deu mais coragem e incentivo para seguir no desafio de empreender e liderar.

“São diversos sentimentos juntos com o fato de ser mulher empreendedora, ser nova e as pessoas não confiarem em você. O Sebrae Delas trouxe um incentivo mostrando que eu posso, que eu conseguiria chegar até aqui. Estou saindo da aceleração mais forte e com a confiança do que posso fazer. Não estou saindo daqui só. Saio de mãos dadas com outras mulheres que também se sentem fortes e empoderadas para continuar”, ressalta Anna Carla.

Outra participante do painel foi Antônia Moura, fundadora da Condessa, acessórios de moda praia, que falou sobre a experiência de ser mãe e empreendedora durante a pandemia.

“A minha empresa surgiu no período pós-maternidade. Pedi demissão do meu trabalho e abri a Condessa com o apoio do meu marido. Com a pandemia, o negócio esfriou e eu engravidei novamente. Quando vi que o Sebrae estava fazendo um projeto focado em mulheres e empreendedorismo, e percebi que ia ouvir outras histórias de mulheres parecidas comigo, vi que não poderia ficar de fora. Ao receber a notícia de que tinha sido escolhida para participar, parecia que tinha passado no vestibular. Foi tudo muito desafiador. Sei que nada vem fácil. Até assisti aula dentro do carro, mas foi muito bom poder ouvir e conhecer as meninas”, pontua.

Aceleração da Be.Labs

O Sebrae Delas, coordenado pela Unidade de Soluções e Inovação do Sebrae Alagoas com gestão da analista Érica Pereira, contou com capacitações e mentorias, conduzidas pela Be.Labs, trazendo temas como: Futuros Desejáveis; Artefato do Futuro; Problematizando Vieses Cognitivos; Pesquisa e Suas Variantes; Propósito e Intenção; Personas; Modelo de Negócios em Bloco; Modelo de Negócios Canvas; MVP e protótipo; Pitch; Marketing digital; Finanças e Jurídico.

A cofundadora da Be.Labs, Marcela Fujyi, ressaltou que a agenda do empreendedorismo feminino deve ser levada também por homens. “Só gostaria de agradecer ao Sebrae Alagoas por poder participar desta iniciativa. Esse é o nosso segundo ano trabalhando com as mulheres de Alagoas e elas puderam experienciar muita coisa nessa jornada, principalmente dentro da jornada tripla ou até quádrupla. Além de empreender, temos que nos cuidar. Não precisamos fazer tudo sozinhas. Nós podemos pedir ajuda e trabalhar essa consciência com os homens”, frisa.

O diretor técnico do Sebrae Alagoas, Vinícius Lages, destacou que o Sebrae apoia o empreendedorismo feminino, principalmente pela capacidade criativa e de gestão que as mulheres empresárias têm, sobretudo em um mundo com mudanças cada vez mais rápidas.

“Para o bem do nosso país, é bom que a gente valorize cada vez mais esta força que representa 52% da população brasileira e que tem demonstrado, durante o nosso trabalho com as empreendedoras e o programa Sebrae Delas, que são mais inovadoras, mais criativas. Além de cuidar melhor das finanças do que os homens e têm uma maior facilidade de compreender esses desafios e o mundo complexo que estamos vivendo com suas múltiplas diversidades”, conclui Lages.

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