O Brasil alcançou, em 2022, uma marca inédita de mulheres à frente de um empreendimento. Segundo estudo feito pelo Sebrae, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, no 3º trimestre do ano passado havia 10,3 milhões de mulheres donas de negócios no país, o maior contingente de empreendedoras da história. Isso significa que as mulheres representavam 34,4% do universo de donos de negócios no país. Na mesma pesquisa, Alagoas registrou a proporção de 33%, que representam 116.256 empreendedoras, donas do próprio negócio.
Juntos, homens e mulheres superaram o total de 30 milhões de donos de negócios, o maior número da série histórica. “A pesquisa mostra que as mulheres conseguiram se recuperar da perda registrada no período da pandemia, quando a proporção de mulheres donas de negócios caiu ao pior nível (33,4%, no 2º trimestre de 2020), desde o verificado no 3º trimestre de 2016 (32%)”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Ele enfatiza que a participação delas tem crescido principalmente nos setores da economia que mais apresentaram incremento nos últimos tempos: serviços, comércio e indústria. “No setor de Serviços, onde se percebe a maior participação de mulheres (53%), as donas de negócio têm ampla vantagem diante da presença masculina (36%). A mesma liderança se dá, em menor proporção, no Comércio (27% contra 20% de presença masculina) e na Indústria (13% de mulheres contra 6% dos homens)”, avalia Melles.
As atividades com predomínio de donas de negócios são:
- Cabeleireiros e tratamento de beleza;
- Comércio de vestuário (complementos);
- Serviços de catering, bufê e serviços de comida preparada;
- Comércio de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria;
- Confecção sob medida;
- Profissionais de saúde, exceto médicos e odontólogos;
- Confecção (vestuário);
- Outras atividades de serviços pessoais;
- Outras atividades de ensino;
- Fabricação de artefatos têxteis.

