O segundo ciclo de 2025 do ALI Produtividade do Sebrae Alagoas chega ao fim com números que falam por si: as empresas acompanhadas registraram, em média, incremento de 28% na produtividade e 11% no faturamento, resultado direto de ações de inovação personalizadas para atender as necessidades de cada negócio. Os resultados estão sendo apresentados na Etapa Reconhecer, realizada esta semana em Arapiraca, São José da Tapera e Delmiro Gouveia, que deu oportunidade de diálogo entre os empreendedores, agentes locais e consultores sobre os desafios superados e as lições aprendidas.
“O ALI não é só um diagnóstico. É um empurrão inteligente a custo zero”, resume o empresário Danilo Miranda, da Agência ERK. Segundo ele, o programa é uma ferramenta essencial para quem quer crescer no mercado, desde que o empresário esteja disposto a “fazer acontecer”. Neste ciclo, a principal contribuição foi a revisão do processo de onboarding de clientes. “Identificamos um gargalo na recepção de novos clientes, que acabava prejudicando os mais antigos. Somos uma empresa que atende a nível nacional e mensalmente atendemos uma média de 50 empresas. Nós iniciamos o processo de reestruturação da recepção dos clientes e estamos em fase de testes e melhoria, mas o caminho já foi traçado”, declara.
Como as soluções apresentadas são personalizadas, outras empresas já experimentam os resultados, como é o caso do Hub FDS, espaço de eventos corporativos em Arapiraca. Em três semanas, após implementar as recomendações da agente local de inovação, a empresa ganhou 20% em posicionamento nas redes sociais. “Ações simples, como mensagens personalizadas, já mudaram a percepção do mercado sobre a nossa marca”, explica o empresário Alisson Guimarães. Segundo ele, o ALI chegou no momento certo, quando o empreendimento estava buscando melhorar a visibilidade no mercado. “Aguardamos resultados ainda melhores a médio e longo prazo. Esse foi o nosso primeiro contato com o Sebrae, e com certeza muitos outros virão”, ressalta.
Números que validam resultados
Em Arapiraca, o ALI é executado pelas agentes locais de inovação Carol Torres e Katiane Xavier, que no último ciclo atenderam 45 empresas, com 158 ações propostas, 24 consultorias realizadas e a implementação de sete ferramentas digitais. O repertório de soluções mostra que o programa traz soluções sob medidas para as micro e pequenas empresas atendidas.
Entre os principais desafios apontados pelos empreendedores do último ciclo estão a dificuldade na contratação e a busca pela digitalização, como explica Carol Torres. “Muitas empresas reclamam da dificuldade em preencher vagas. A escassez dos candidatos não acontece só pela falta de qualificação, mas falta a própria intenção de se candidatar. Por outro lado, foi muito positiva a vontade real das empresas em se digitalizar. A maioria das soluções que implementamos foi voltada para mídias digitais e automação. Sete empresas adotaram ferramentas de software, mostrando que o marketing digital continua em aceleração”, diz.
Um dos casos que marcou o ciclo, de acordo com Katiane Xavier, foi o de uma indústria de pré-moldados, onde a solução exigiu um olhar para diferentes frentes internas. “A gente fez um trabalho profundo, porque embora a solução fosse financeira, percebemos que era necessário atuar também na gestão de pessoas”, conta. O desafio incluiu ajustes na organização interna, que demandaram a criação de um manual de conduta e a contratação de um supervisor. “Foram melhorias pequenas, mas significativas, que deixaram a empresa pronta para avançar”, salienta.

Validação, networking e reconhecimento
O encontro de Arapiraca teve também um momento prático sobre mercado, com a palestra de Alex Geraldo, que trouxe vários insights para auxiliar as empresas a aumentarem as vendas, fechando o ciclo metodológico do programa e abrindo espaço para o networking entre os participantes. “Este momento de se conectar mostra que eles não ficam sozinhos depois do programa”, afirma Geovânia Brito, analista do Sebrae. Ela explica que o encerramento do ciclo do ALI Produtividade não é um ponto final, mas um ponto de virada para as empresas.
“Agora eles passam a ser acompanhados pelos gestores de carteira, que irão continuar oferecendo soluções para cada segmento, por meio de consultorias e cursos, para que a trajetória de desenvolvimento iniciada com o ALI vá cada vez mais longe”, ressalta.
O ALI Produtividade encerra 2025, após registrar o maior volume de consultorias do estado, consolidando um histórico que soma mais de mil empresas atendidas, que conseguiram incrementar R$60 milhões em receita. E retorna em janeiro de 2026, abrindo novas vagas para vários municípios alagoanos. O programa é 100% subsidiado pelo Sebrae e, para participar, as empresas devem ter pelo menos um ano de CNPJ ativo como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP).

