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Evento destaca neurodiversidade como diferencial no mercado empresarial

Encontro contou com palestras, apresentação musical e espaço com expositores oferecendo soluções para o segmento
Por Lilian Santos
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O evento “Neurodiversidade & Negócios”, realizado pelo Sebrae Alagoas nesta quarta-feira (16), promoveu a visibilidade e a inclusão de pessoas com autismo, TDAH, dislexia e outras condições similares no mercado de trabalho. Com palestras, apresentações musicais e espaço com expositores, o encontro demonstrou que a inclusão vai além da adaptação, e é uma oportunidade de transformar diferenças em força e inovação nos negócios.

“Nós ainda temos uma barreira significativa a superar, e desde o ano passado, temos trabalhado intensamente nessa temática. Antes de qualquer diferença, somos pessoas, e pessoas precisam de pessoas. Por isso, contem sempre com o Sebrae. Estamos aqui para apoiar o pequeno negócio, seja ele de um empreendedor típico ou atípico”, afirmou Keylle Lima, diretor técnico do Sebrae Alagoas, presente ao evento.

Um dos principais objetivos do encontro foi ressaltar as características das pessoas neurodivergentes. “Foi um prazer recebê-los nesta tarde enriquecedora. A mensagem que podemos transmitir hoje está bem representada pela frase estampada na camiseta da loja Sonho Meu: ‘Diferente é o mundo que queremos’. Isso já resume muito bem a experiência que viveremos aqui”, destacou Juliana Almeida, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Alagoas.

A programação contou com três palestras conduzidas por especialistas da área, que compartilharam conhecimentos e experiências sobre a inclusão da neurodiversidade no mundo empresarial. A primeira palestra, “O que é Neurodiversidade”, foi ministrada por Junny Freitas, coordenadora regional do Instituto Lagarta Vira Pupa em Alagoas. “É uma honra enorme falar sobre neurodiversidade nas empresas. Temos que compreender que pessoas neurodiversas também crescem, todo mundo cresce, inclusive quem é diferente”, ressaltou Junny Freitas.

A segunda palestra, “Como elaborar eventos inclusivos”, foi apresentada por Fatini Forbeck, assistente social, educadora, produtora cultural e pesquisadora. “Compartilhei reflexões e ações que têm gerado ótimos resultados, não apenas no meu espaço de atuação, mas também em grandes festivais”, explicou Fatini.

O encerramento ficou a cargo de Caio Bogos, autista e fundador da aTip, uma startup que conecta profissionais neurodivergentes a empresas que possuem programas de diversidade e inclusão. Sua palestra, intitulada “Vivências atípicas e o mercado mais inclusivo”, trouxe relatos inspiradores. “Fui diagnosticado com autismo aos 26 anos e, como alguém diagnosticado tardiamente, sei o quanto minha comunidade tem um potencial incrível, com talentos únicos”, afirmou Caio.

Além das palestras, o evento contou com a participação de expositores oferecendo soluções para o público neurodivergente, como Maeduca, Famílias Atípicas, Enactus, Autech e Equilibrium. Um dos momentos mais emocionantes foi o relato de Mércia Abreu, mãe de uma criança atípica, empreendedora do Sebrae Delas e proprietária da loja Sonho Meu.

“É emocionante estar aqui hoje. Ver o símbolo da neurodiversidade aqui representa que pessoas com algum tipo de deficiência são bem-vindas, algo que nem sempre acontece. O autismo me levou ao empreendedorismo, e hoje compartilho histórias de famílias que lutam por inclusão e espaços”, declarou.

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