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Educação Empreendedora chegou a mais de 18 mil alunos em 2021 em Alagoas

Programa realizado pelo Sebrae tem por objetivo inspirar e despertar o potencial dos estudantes em diversas faixas etárias, promovendo o desenvolvimento integral das suas competências, com estímulo ao protagonismo
Por Redação – Savannah Comunicação Corporativa
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Uma das frentes de atuação do Sebrae pelo Brasil afora é o incentivo à Educação Empreendedora ainda na fase escolar, promovendo ações entre professores e alunos de escolas da rede pública e privada de ensino. Em Alagoas, nos últimos 12 meses, o Sebrae capacitou 18.787 estudantes no estado e 7.903 docentes, atuando em 98% dos municípios alagoanos.
 
O Programa realizado pela instituição tem como objetivo inspirar e despertar o potencial dos estudantes em diversas faixas etárias, promovendo o desenvolvimento integral das suas competências, com estímulo ao protagonismo. Para isso, o Sebrae oferece soluções de aperfeiçoamento e valorização profissional de professores e gestores escolares, os principais aliados na implantação das ações.
 
“Fechamos convênio com a Secretaria de Educação do Estado [Seduc] para capacitar 3.200 professores, 2 mil alunos e implementar um piloto da metodologia do Núcleo de Empreendedorismo Jovem [NEJ], desenvolvida pelo Sebrae em Minas Gerais, também em Alagoas”, revela a analista da Unidade de Competitividade e Desenvolvimento do Sebrae Alagoas, Sílvia Chamusca.
 
O Núcleo de Empreendedorismo Jovem replicado por aqui nasceu com a proposta de formar jovens de escolas públicas, de 17 a 30 anos, que estejam cursando ou que já tenham concluído o ensino médio, em cidadãos empreendedores e protagonistas, preparados para os desafios do mercado de trabalho e da vida.
 
Durante um ano, os estudantes recebem formação técnica em Administração com ênfase em gestão de negócios, totalmente gratuita, por meio de uma metodologia inovadora que alia teoria e prática: além das disciplinas básicas de Administração, o curso oferece projetos “mão na massa” de empreendedorismo e gestão.
 
“Também realizamos Oficinas de Empreendedorismo para turmas do EJAI [Educação de Jovens, Adultos e Idosos] por meio de um convênio com a Semed Maceió [Secretaria de Educação da capital]. Capacitamos seis turmas para formação de Líderes de Grêmios Estudantis do Ensino Médio da Seduc em Maceió, Arapiraca e vários municípios do Agreste, com foco em Empreendedorismo, Elaboração de Projeto e Marketing Digital, para colaborar na reestruturação dos Grêmios Estudantis no estado”, relembra Chamusca.
 
Para fortalecer essa rede, o Sebrae realizou Maratonas Educacionais nos municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Campo Alegre, Atalaia, Viçosa, Penedo e Junqueiro, refletindo junto com os professores sobre as dificuldades enfrentadas na pandemia e instrumentalizando esses profissionais para adoção de novas tecnologias e implementação do ensino híbrido (presencial e online) nas escolas.
 
As maratonas abordaram temas como ‘Educação on-line, domínio e adaptação das ferramentas digitais no ensino remoto’, Planejamento e framework de trabalho remoto’, ‘Habilidades no desenvolvimento de engajamento e vínculo com discentes e às famílias’, ‘Relacionamento interpessoal e gerenciamento de conflitos entre profissionais da educação’ e ‘Valorização e autocuidado na promoção da saúde física e mental dos professores’.
 
“Foram mais de 1.000 professores capacitados em todo estado. E todas as nossas agências regionais bateram metas históricas no atendimento a alunos e professores com metodologias inovadoras e repasse de práticas pedagógicas como a PBL [Aprendizagem Baseada em Projetos] para professores”, explica Chamusca.
 
O reconhecimento máximo aos professores que se engajaram nessa frente em 2021 veio com a entrega do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, no início de dezembro. A premiação tem por objetivo reconhecer os professores que tenham implementado práticas, cursos e projetos de Educação Empreendedora nas suas escolas.
 
Uma das vencedoras foi a professora Katty Costa, da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Aluízio Vilela, em Teotonio Vilela, na Zona da Mata alagoana. Ela levou prata com o projeto ‘Educação Profissional Inclusiva’ e foi indicada para o Prêmio Nacional Destaque em Educação Empreendedora na EJA, representando Alagoas na etapa nacional.
 
“O trabalho com meus alunos foi muito gratificante, pois eles eram menosprezados pela sociedade e até pela própria família. Eles se sentiam excluídos e não tinham muita expectativa com a vida. Na medida que comecei a trabalhar com eles, começaram a se sentir valorizados por poder fazer algo de útil e terem uma profissão que pudessem ajudar a si mesmos e a própria família”, diz.
 
O projeto dela trata da inclusão de alunos com transtornos comportamentais no mercado de trabalho, a partir da produção artesanal de bijuterias.
 
“O projeto buscou desenvolver em nossos alunos competências necessárias para a produção e confecção de artesanato de bijuterias e ajudar financeiramente famílias com a comercialização do artesanato produzido por eles. Minha meta é que essas pessoas tenham condições de melhorar a sua capacidade em adquirir uma fonte de renda para a sua família, trabalhando em suas próprias casas”, conta.
 
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) é uma das principais parceiras do Sebrae quando se trata de projetos e iniciativas com foco na Educação Empreendedora, como bem coloca o secretário Rafael Brito.
 
“A educação empreendedora é muito importante para a formação dos nossos jovens. Porque o empreendedorismo, principalmente nesses momentos de crise econômica que temos vivido hoje, termina sendo a porta de saída para muita gente que não consegue arrumar emprego. Por isso que o Sebrae é extremamente importante nesse momento”, diz.
 
O secretário lembra que existem dois tipos de empreendedores: aquele por vocação e outro por necessidade. E é neste último que é preciso canalizar energia, para que sua iniciativa não se perca.
 
“O empreendedor por necessidade é aquele onde a gente precisa depositar nossos maiores esforços. Ele é quem precisa mais da nossa atenção, para que a chance de ele falhar seja menor e possa ter uma vida mais digna por meio do empreendedorismo”, avalia.
 
“Por isso que os nossos professores, os servidores da Educação, por meio do empreendedorismo e a matemática financeira, podem levar os nossos jovens a estarem mais preparados, caso eles precisem empreender em algum momento da vida”, observa.