Para continuarem firmes mesmo após os efeitos causados pela pandemia de Covid-19, muitas empresas tiveram que mudar o modelo de negócios e fortalecer a atuação no universo digital. Em Maceió, uma empreendedora e artesã que se destaca por ter feito essa transição de forma exitosa é a Mari Assis, que agora comanda o espaço cultural ‘Arte dos Quatro Cantos’ também nas plataformas digitais, a exemplo do perfil no Instagram (@artedosquatrocantos) e no site www.artedosquatrocantos.com.br/. Por lá, é possível encontrar artesanato alagoano em suas diversas tipologias.
Com a pandemia, a loja que ficava em uma galeria no bairro do Pontal da Barra teve que migrar para o virtual. O lugar recebia turistas do mundo inteiro, mas como o turismo foi um dos setores mais atingidos, a loja física de Mari Assis acabou sentindo o impacto e foi necessário “fechar as portas”, mas a artesã seguiu em frente e contou com o apoio do Sebrae Alagoas na transição para o digital.
“Sou empreendedora desde 2014. Esse período de pandemia é muito desafiador. Cada dia é um dia diferente. Tenho o Sebrae como o meu grande apoiador e parceiro que me desperta e me faz acreditar que o meu negócio dá certo. Esse é um mundo novo para a gente. Mudar do físico para o virtual foi extremamente desafiador. Tudo aquilo que é novo mete medo, mas acho que é algo normal”, afirma.
Há mais de quatro anos, Mari Assis recebe soluções do Sebrae – consultorias, participa de eventos, feiras e cursos. Fator que ajudou na mudança e deixou o olhar da empreendedora cada vez mais voltado à inovação no mundo do artesanato, contribuindo com o próprio desenvolvimento e de outros artesãos alagoanos.
“Partir para o negócio virtual é um grande desafio para quem vende artesanato. Produtos que vendem por sua história e sensibilização do feito à mão pelo artesão. Com orientações sobre esse novo modelo de negócio, e o impulso para que ela se preparasse para entrar nele, Mari se destaca por ter inovado no setor. Ela hoje não vende apenas produtos de artesãos de Alagoas, ela divulga o nosso estado e principalmente abre novas oportunidades de mercado para eles”, destaca a analista da Unidade de Competitividade e Desenvolvimento do Sebrae Alagoas, Marina Gatto.
Segundo a analista, a empreendedora já passou por mais de 50 soluções do Sebrae, sempre em busca de mais conhecimento e ferramentas para fortalecer o negócio. A artesã já recebeu conteúdo sobre diversos temas, como: comércio digital; vendas; serviços financeiros; design de artesanato; roteiro para pitch; website; identidade visual; transformação digital; marketing digital; planejamento estratégico; LGPD para criativos – tudo sobre a Lei Geral de Proteção de Dados; economia criativa e preço de vendas.
Trilha de Negócios Criativos
A Mari Assis também participa da Trilha de Negócios criativos, pacote com várias soluções inovadoras voltadas para os criativos do estado. Além de realizar palestras, a trilha conta também com mentorias individuais para a empresa sobre cada tema trabalhado nas palestras. A trilha vai até o fim de outubro e desenvolve temas como ‘Gestão Humanizada’, ‘Captação de Recursos’, ‘Propriedade Intelectual e Inovação’, ‘Narrativas Digitais’ e seu ‘DNA na vitrine online’.
“Hoje, sigo me adaptando cada vez mais porque o Sebrae me apoia também através do projeto Economia Criativa, que a cada dia traz uma novidade para que a gente se recicle. Tive todo o apoio de como se posicionar nas redes sociais, tive a minha identidade visual criada, além do site. A trilha dos negócios criativos nos desperta para novas possibilidades”, pontua Mari Assis.
Com essa bagagem, Marina Gatto enfatiza que Mari Assis mudou a forma de vender o artesanato e soube se adaptar bem à nova realidade. Ela também falou sobre a importância de o empreendedor ter essa capacidade.
“O propósito é criar uma rede de apoio dos artesãos e ela como a liderança. Não está apenas focada mais em feiras e eventos; e sim em descobrir novos artistas, divulgá-los, orientá-los, realizando novas parcerias. O negócio que não inovar e se adaptar ao mercado consumidor digital vai sumir. Não é mais diferencial, é necessidade básica. A diferença está em quem consegue se destacar nesse novo mundo ainda desconhecido e cheio de mudanças diárias”, conclui.
Mari Assis já vislumbra um cenário mais seguro para poder mesclar a atuação no mundo físico e virtual em um futuro breve. “Minha expectativa, agora, é voltar para o meu espaço físico, quando tiver mais segurança, mas continuar com minha atuação no mundo virtual. É muito cansativo, mas é algo muito prazeroso. As pessoas querem tocar, ver a arte de perto. Vender arte é vender história. E nós temos que contar essa história”, finaliza.
Contato para a imprensa:
Assessoria de Imprensa do Sebrae Alagoas
Débora de Brito: (82) 99162-5416