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Sustentabilidade é destaque em encontro com artesãos da Ilha do Ferro

Com apoio do Sebrae e parceiros, povoado vai investir em replantio de espécies nativas e certificação da atividade artesanal
Por Iracema Ferro - Partners Comunicação
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Uma das maiores preocupações de qualquer segmento nos dias de hoje, seja ele industrial ou artesanal, é encontrar formas de produzir sem prejudicar o meio ambiente. A questão da sustentabilidade vem se tornando o grande tema de organizações e empreendedores, e foi um dos grandes destaques do encontro Ilha Criativa, no povoado da Ilha do Ferro, sertão de Alagoas, na noite desta quinta-feira (30), onde dezenas de artesãos vivem do ofício de esculpir em madeira, além da arte do bordado típico da região, o Boa Noite.

O desafio para eles é continuar produzindo com a segurança da preservação da natureza, de onde eles extraem a matéria-prima de sua arte. Solucionar esta equação é vital para que a atividade não acabe. O encontro foi promovido pelo Sebrae, em parceria com a Prefeitura de Pão de Açúcar, Universidade Federal de Alagoas e o governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Os artesãos ouviram palestras sobre temas como sustentabilidade, economia criativa e perspectivas para o futuro. Eles também conheceram um mapeamento feito pelo consultor Júlio Lêdo, apontando algumas possibilidades de trabalhar no povoado de forma sustentável. A noite foi marcada pela preocupação com o meio ambiente e a continuidade das atividades dos artesãos.

“O evento foi o marco para iniciarmos a execução de ações de capacitações e de parcerias para o replantio e futura certificação da atividade artesanal na Ilha do Ferro. Os artesãos estão bem conscientes acerca da necessidade de trabalhar de forma sustentável e com gestão. Temos muito trabalho pela frente, mas os criativos do povoado sabem que o Sebrae e nossos parceiros estão comprometidos em ajudá-los, oferecer toda a orientação necessária e promover ações essenciais para a que o rico artesanato em madeira da região possa ser perpetuado e alcançar cada vez mais pessoas”, avalia Marina Gatto, analista e gestora de Artesanato do Sebrae Alagoas.

Além da questão da sustentabilidade, outra questão pode encontrar na Ilha do Ferro um ambiente promissor: o crédito de carbono. Haroldo Almeida, coordenador da Associação do Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga, apresentou como os artesãos estarem engajados no replantio de espécies nativas e na certificação da atividade artesanal pode reverter em lucro através do mercado de créditos gerados com base na não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. Os créditos gerados podem ser comercializados, inclusive, com outros países, sendo uma nova fonte de renda para a comunidade.

O mercado de carbono existe no mundo inteiro e é regido em cada país por uma legislação específica, como é o caso do Brasil, que está regulamentado por meio do Decreto nº 5.882 de 2006. Basicamente, o mercado de carbono é caracterizado pela venda dos créditos de carbono entre um país que os detém, ao ter reduzido sua emissão de dióxido de carbono, e um país que precisa diminuir suas emissões, mas não atingiu suas metas.

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