Acesse o Portal Sebrae
A fachada amarela chama a atenção de quem passa pela rodovia que dá acesso à cidade de Craíbas, no interior de Alagoas. “Onde fica o Laticínio São José?” é uma pergunta fácil de ser respondida por qualquer morador da região. Um dos proprietários, Tiago José dos Santos, conta que a fama tem a ver com o tempo do negócio, iniciado pelo pai, que fazia queijo de forma artesanal desde muito jovem. Junto com o irmão mais novo, ele assumiu a empresa e hoje comemora a conquista do primeiro Selo de Inspeção Municipal, concedido pelo Consórcio Intermunicipal do Agreste Alagoano (SIM/Conagreste), com apoio do Sebrae.
A instituição traçou uma estratégia para estimular esse tipo de reconhecimento, que contribui para a expansão dos negócios locais. O objetivo é incentivar a estruturação dos serviços de inspeção via consórcios, com o intuito de alcançar um número cada vez maior de empreendedores beneficiados. Com a certificação, eles podem comercializar seus produtos para além dos limites do próprio município, atingindo outros consorciados, seja através da venda a estabelecimentos privados ou para a alimentação escolar. A fim de viabilizar esses processos, o Sebrae realiza workshops de sensibilização dos municípios; oficinas colaborativas para a construção da lei municipal e decreto; capacitação de veterinários; além do apoio técnico para que as equipes do SIM possam visitar os estabelecimentos a serem beneficiados.
Uma vez contemplado com o selo, os empreendedores podem obter, junto ao Sebrae, soluções que vão de projetos de construção e reformas, consultorias de gestão e mapeamento de processos. Para Tiago, a consultoria ajuda a ter mais certeza em relação aos próximos passos. Com uma produção diária de 250 quilos de queijo por dia, o maior desafio do empreendedor é a qualificação da mão-de-obra.
“Com a certificação, nosso negócio tende a crescer. Agora podemos chegar a todos os 23 municípios do consórcio. Mas, para aumentar a produção, é preciso capacitar as pessoas que moram aqui, para garantir a boa qualidade dos nossos produto”, afirma. Segundo ele, a família sobrevive do pequeno negócio e, para expandir, eles precisam aprender cada vez mais sobre o ramo. “Apostamos sempre nos novos conhecimentos para continuar crescendo”, concluiu.
