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Empreendedora
muda vida de mulheres em situação de vulnerabilidade social

Águias Femme atua na área de treinamento de mão-de-obra para construção civil
Por Iracema Ferro - Partners Comunicação
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Capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social para trabalhar com construção civil e fazer com que elas tenham acesso aos clientes. Esta é a missão do Águias Femme. Idealizada pela estudante de Engenharia Íris Soares, o negócio já impactou mais de 280 mulheres, que passaram pela metodologia, aprenderam um ofício e hoje possuem uma profissão.

Ela confessa que empreendeu por necessidade. “Antes trabalhei nas mais diversas funções. Já fui atriz, animadora de festas, carregadora de compras no mercado, recepcionista, professora, auxiliar de enfermagem e tantas outras atividades informais, sempre fazendo de tudo para levar o sustento para minhas filhas, porque o maior desafio sempre foi a necessidade de sobreviver”, revela.

No entanto, ela descobriu um propósito de vida no empreendedorismo. “Em um momento de fragilidade de saúde, me conectei comigo e, na recuperação, senti a necessidade de levar o conhecimento que eu vinha recebendo no curso de Engenharia Civil para outras mulheres. Hoje somos uma startup de impacto socioambiental que, além de gerenciar, treinar e desenvolver mão-de-obra de mulheres em situação de vulnerabilidade para construção. Oferecemos um plano de assinatura para reformas nas periferias, onde inserimos as mulheres no mercado de trabalho”, afirma.

Águias Femme tem sido um divisor de águas para as mulheres que passam pela startup de impacto social. A maior parte delas nunca teve uma profissão, estudou pouco e jamais acreditou que poderia gerar renda para sua família, sobretudo em atividades tidas como masculinas. Elas são treinadas para trabalhos em alvenaria, rede elétrica, reparos e reformas em geral, que vão desde pintura até instalação de pisos e revestimentos.

Mas, tudo isso, com um toque especial feminino, o que vem garantindo a satisfação dos clientes. As “águias” capricham nos detalhes dos projetos e deixam tudo limpinho ao final da obra, um dos pontos que geram mais reclamações no trabalho executado pelos homens.

Íris Soares assinala que o maior entrave para empreender são os inúmeros papéis que as mulheres assumem na sociedade, trabalhando fora, cuidando da família, de finanças e educando os filhos, o que impossibilita de poder dedicar-se 100% ao próprio negócio. Ela destaca que, sem saber por onde começar neste caminho do empreendedorismo, buscou o Sebrae em 2019.

“O Sebrae foi nosso primeiro ninho. A estruturação da ideia e escala do negócio se deu através das consultorias. Hoje, o Águias Femme está passando por mais uma estruturação do negócio. Identificamos pontos-chaves para melhorar o voo das águias, estamos no momento de aumentar o time, o que vai beneficiar clientes, parceiros e as mulheres na comunidade, gerando esse impacto positivo juntos. O Sebrae tem sido um parceiro muito importante em todo este processo”, enfatiza, lembrando que essa nova estruturação permitirá que a rede do Águias Femme se fortaleça e traga mais oportunidades.